O prémio Nobel da Química deste ano foi para os cientistas que descobriram a proteína de fluorescência verde (GFP, na gíria de laboratório, de Green Florescence Protein) e o seu potencial como ferramenta de estudo bioquímico .
Desde os anos 50 que é conhecida uma alforreca (chamada Aequorea victoria) que emite luz verde. Isto acontece por causa de um fenómeno chamado bioluminescência (a energia libertada por reacções químicas é usada para emitir um fotão verde).
Descobriu-se (não à primeira!) que a origem da luz verde era a tal proteína, a GFP. A GFP também não emite verde assim sem mais nem menos. Há uma outra proteína, a aequorin, que emite uma luz azul quando é excitada quimicamente. Esse azul da aequorin vai estimular a GFP, que emite verde.
A fluorescência verde é por causa de uma sequência muito específica de três aminoácidos (serina - tirosina - glicina) dos 238 que constituem a GFP. Uma proteína é como se fosse uma serpentina construída com peças de 20 tipos (os aminoácidos).
A GFP é uma coisa porreira. Podemos colar a GFP a qualquer outra proteína que nos interesse (e isso fazemos com biologia molecular trivial) e ver onde ela está simplesmente acendendo uma lâmpada ultra-violeta. Mesmo dentro das células. Podemos saber onde estão proteínas que nos interessam, porque elas ficam verdes. Porque estão agarradas à GFP. Isto tem interesse para seguir o desenvolvimento de células nervosas ou o alastrar de células cancerosas, por exemplo.
Assim, a luz verde das alforrecas ilumina alguns caminhos das bio-ciências!
Desde os anos 50 que é conhecida uma alforreca (chamada Aequorea victoria) que emite luz verde. Isto acontece por causa de um fenómeno chamado bioluminescência (a energia libertada por reacções químicas é usada para emitir um fotão verde).
Descobriu-se (não à primeira!) que a origem da luz verde era a tal proteína, a GFP. A GFP também não emite verde assim sem mais nem menos. Há uma outra proteína, a aequorin, que emite uma luz azul quando é excitada quimicamente. Esse azul da aequorin vai estimular a GFP, que emite verde.
A fluorescência verde é por causa de uma sequência muito específica de três aminoácidos (serina - tirosina - glicina) dos 238 que constituem a GFP. Uma proteína é como se fosse uma serpentina construída com peças de 20 tipos (os aminoácidos).
A GFP é uma coisa porreira. Podemos colar a GFP a qualquer outra proteína que nos interesse (e isso fazemos com biologia molecular trivial) e ver onde ela está simplesmente acendendo uma lâmpada ultra-violeta. Mesmo dentro das células. Podemos saber onde estão proteínas que nos interessam, porque elas ficam verdes. Porque estão agarradas à GFP. Isto tem interesse para seguir o desenvolvimento de células nervosas ou o alastrar de células cancerosas, por exemplo.
Assim, a luz verde das alforrecas ilumina alguns caminhos das bio-ciências!
3 comentários:
Grazie David.
Parece que o Shimomura foi quem nos 60 isolou a proteina, mas os outros nao. Chalfie foi quem propos a aplicabilidade da GFP como marcador genetico (~1990) [ja foi aplicado para estudar os processos neurologicos associados ao Alzheimer parece] e Tsien descobriu o processo que torna a GFP fluorescente. Confirmas isto?
Estou interessado particularmente no 3 feito. Se tiveres o pdf pioneiro de Tsien podes envia-lo aos curiosos, pouco proactivos?... grazie.
Não é muito adequado chamar marcador genético à GFP. Um marcador genético é uma sequência ou sequências específicas que se identificam no DNA.
O Tsien descobriu a base molecular da florescência da GFP. Que resulta de uma modificação química, feita por uma reacção na presença do oxigénio, nos tais três aminoácidos que constituem o cromoforo.
Grazie David.
Tens o paper do Tsien?
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