quarta-feira, 11 de março de 2009

Os conselhos sexuais da Dra Tatiana para toda a bicharada

O tamanho dos testículos dos machos é uma medida da promiscuidade das fêmeas da espécie. O gorila tem testículos pequeninos porque é muito pouco provável que uma fêmea copule com mais do que um macho durante o período fértil. Já os chimpanzés têm testículos descomunais, porque as fêmeas são extremamente promíscuas (o recorde são 8 machos em 15 minutos). Havendo uma forte competição espermática (um chega para lá de espermatozóides de machos diferentes a tentar fecundar o mesmo óvulo), a quantidade conta muito.

Quem quiser ter uma medida da promiscuidade das mulheres, pode procura-la nos testículos. Não deixa de ser irónico que uma característica culturalmente associada a uma afirmação patriarcal, seja uma medida da promiscuidade das mulheres. Frases como "na minha terra temos todos os testículos bem grandes" vão no sentido de que "na minha terra, sucessivas gerações de mulheres costumavam copular com vários homens no mesmo período fértil, cujos espermatozóides competiam por um único óvulo, tendo-se por selecção natural preservado a descendência daqueles que mais espermatozóides produziam".

Isto a propósito da excelente conferência da Olivia Judson hoje na Gulbenkien.


Uma notável comunicadora de ciência, autora do livro "Consultório Sexual da Dra. Tatiana para toda a Criação", que deu origem a uma versão televisa. Um excerto no âmbito do assunto supracitado:



Mas da conferência fica-me essencialmente uma ideia: de que o mundo vivo, mais precisamente os organismos minúsculos, podem estar na origem da diversidade mineral que encontramos na Terra. Em geral tendemos a considerar que a geologia produziu um planeta ao qual se adaptaram os organismos vivos. No entanto, surgem cada vez mais evidências da enorme influência da acção dos microorganismos a moldar o planeta em que vivemos.

7 comentários:

Anónimo disse...

"Havendo uma forte competição espérmatica ...." Em magalhanês?

David Marçal disse...

Português técnico, correcção feita.

Anónimo disse...

lol! Agora sim, quero ver as gabarolices dos machoes que acham que os tem bem no sitio. Ja nao devem e dizer que tem o tamanho que tinham...

S* disse...

Parece-me um bocado depravado, tudo isto.

:P

Pudget disse...

Sexo Sexo Sexo e não passa disso. Cansativos os temas recorrentes em todos os blogs, quando não e sexo e violência, quando não e violência e corrupção... Marasmo, pasmaceira, sonolência!

d. ester disse...

falar de selecção sexual e de sexo não é bem a mesma coisa, mas isto sou eu que devo ter uma mente depravada e adorei o livro da Olivia Judson de conselhos sexuais para toda a bicharada. Não creio que os leoes marinhos o tenham lido, de outra forma percebiam que atacar as femeas até elas quinarem não é a melhor maneira de propagar os seus genes - convem que elas sobrevivam pelo menos até parirem, depois logo as podem estrafegar à vontade (estes bichos estão mesmo em risco de extinção derivado a este hábito pré-adolescente de que ainda não se livraram).

Há bichos que têm pilas que vibram, mas julgam que isso é desenhado de forma inteligente para dar prazer às parceiras? nada disso. A selecção favorece os machos que conseguem eliminar o esperma dos concorrentes que chegaram antes deles às garinas, e agitando o membro dessa forma livram-se da concorrência.

Sexo? Pois, é que sem ele não há procriação. e mesmo que não se esteja a conseguir, não me parece que haja mal em ir praticando. lord knows we keep trying, dizia o Harvey Milk.

David Marçal disse...

mai nada!