segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Humor Ciência: O Impossível é banal

[Mais um incrível off-topic ao tema fundador deste blog, depois do alpinismo, o humor-ciência. Um texto meu publicado recentemente no Inimigo Público. Em breve, algumas dicas de culinária]

O impossível é banal e até mesmo aborrecido segundo a física teórica actual
O físico teórico norte-americano, Michio Kaku defende que alguns temas da ficção científica poderão tornar-se realidade, sem problemas. O livro "A Física dos Impossíveis" deverá chegar às livrarias portugueses Portugal no próximo Outono, apesar de apenas ser impresso em Abril de 2010. O volume será desintegrado na livraria por um potente raio LASER, rematerializando-se em simultâneo na mesa de cabeceira do leitor. O mesmo acontece à factura, que poderia permitir alguma reclamação. O Inimigo deixa aqui o essencial de Michio Kaku acerca dos temas mais polémicos.

Teletransporte
O problema actual do teletransporte é que se tenta começar pelo mais difícil, coisas muito pequeninas e difíceis de ver, como fotões. O teletransporte tem duas fases, a desintegração do objecto original no local de partida e a rematerialização no local de chegada. Por exemplo, se partir à martelada um vaso Ming do século XIII, mesmo que não consiga rematerializá-lo no local de chegada, já é meio caminho andado para o teletransporte.

Invisibilidade
A invisibilidade já é uma realidade, sendo possível camuflar um avião da radiação micro-ondas (radar) ou a Manuela Ferreira Leite na paisagem política portuguesa. A invisibilidade funciona particularmente bem com radiação micro-ondas, que à partida também já não se vê (olhe para o seu micro-ondas ligado e veja se vê a radiação, vai ver que não).

Viagens no tempo
A questão das viagens no tempo tem essencialmente a ver com o sentido. O próprio Michio Kaku já viajou cerca de 61 anos no tempo desde que nasceu em 1947.

Contacto com extraterrestres
Basta ler os jornais ou assistir a uma sessão da Assembleia Legislativa da Madeira.

3 comentários:

Anónimo disse...

Oi David,

E olha que os sonhos e as candidaturas ja sao tambem mais banais do que no comeco deste blogue.
Pode ser que o primeiro portugues no espaco nao seja um dos 200 esmifrados candidatos. Pode ser que baste ter o bolso cheio:

http://diario.iol.pt/tecnologia/virgin-richard-branson--espaco/991306-4069.html

Eu sei que nao e tao poetico e fair como os sonhos dos esmifrados. Mas olha, e como disse o Fernando, isso e coisa que todos tem (os de bolsos cheios tambem)... e por isso, ate pode ser que seja um deles o primeiro PIS (portuguese-in-space).

Quanto ao post que colocaste achei excelente! So nao concordo na questao da invisibilidade da Ferreira Leita na paisagem politica. Eu nao sei tanto de politica assim, mas sei que a paisagem politica emite, absorve, reflecte (e ate difracta!) muito mais do que radiacao electromagnetica. Basta olhar para os jornais nos ultimos meses... eu "via". Tu nao? :-)

David Marçal disse...

É muito bom que um físico teórico ache piada a uma piada sobre física teorica!

Que achas do Michio Kaku ou destas questões?

E tens alguma ideia quanto à natureza da radição emitida, absorvida, reflectida ou difractada pela política?

abraço,

David

Anónimo disse...

Oi David,

Como fisico nao faco a minima ideia da resposta as tuas perguntas acima. Poderia avancar com algumas hipotese, mas tinha de enviar propostas de experiencias aos experimentalistas (como dissestes sou teorico...). Esta descansado que manteria o espirito cientifico e nao pediria para colocarem a Ferreira Leite no sitio onde, como eleitor, acho que ela deveria estar. No deserto do Saara a 2500 km do oasis mais proximo e sem agua. Apesar de que, cientificamente, poderia ser uma boa experiencia a capacidade de resistencia do Homo Politicus. Claro, que depois teriamos de fazer a mesma experiencia com uma amostra suficientemente grande para termos dados estatisticamente significativos. Hmmm... a lista de Homo Politicus arranjava-se facil. Faltam experimentalistas para fazerem a experiencia. Enviando um projecto a FCT... bom! mas isto seria eu enquanto fisico.

Enquanto eleitor acho que para estudar a radiacao emitida, ref., dif, e absor. na, por e para a paisagem politica, e necessario primeiro esclarecer algumas questoes que quanto a mim ainda precisam ser esclarecidas a nivel, digamos assim, matematico. Num espaco a quantas dimensoes podemos imergir a paisagem politica? Tem uma dimensao inteira ou fractal? E esse espaco um espaco de Banach? Se sim, que metrica(s) podemos definir neles? Que topologias tem nesse caso? Atenvejo uma topologia muito acidentada. O melhor mesmo e escalar os Himalaias, David: comparativamente parecem planicies... ;-)