Sílvia Vicente
A cientista das estrelas que pensou ir a Marte
Uma das dez candidatas portuguesas a astronauta vai trabalhar para a Agência Espacial Europeia.
Ficou com essa fixação desde que, em 2004, foi a um curso na Áustria sobre como é viver e trabalhar no espaço, organizado pela agência espacial austríaca e pela Agência Espacial Europeia (ESA). A equipa de Sílvia Vicente tinha uma missão ambiciosa: encontrar água e vida em Marte. Era apenas um exercício, mas a então doutoranda de Astronomia e bolseira em Munique do ESO, o Observatório Europeu do Hemisfério Sul, soube que poderia ter uma hipótese quando abrissem o novo concurso para astronautas europeus, de que já se falava na altura.
Em Maio deste ano, quando a ESA abriu finalmente quatro vagas para todos os 17 países-membros, Sílvia concorreu. Foi uma das 10 portuguesas candidatas (de um total de 210 portugueses), mas já soube que não passou à fase seguinte, apesar do currículo em Física (na Faculdade de Ciências de Lisboa), da experiência internacional, da boa forma (faz dança desde os sete anos, tendo sido aluna da escola Norma Croner) e do seu lado sociável (no ESO, dava aulas de salsa aos outros investigadores).
Não está triste: "Para mim, ser astronauta sempre foi uma utopia". Quando os quatro eleitos forem escolhidos, no final do ano, Sílvia já estará na própria ESA, na Holanda, depois de ter ganho uma bolsa da estação espacial. Serão colegas, ela e os futuros astronautas. A investigadora portuguesa vai continuar a trabalhar no tema da sua tese de doutoramento: a fase inicial da formação de estrelas e planetas, no primeiro milhão de anos de vida.
Sílvia tem-se dedicado a observar discos protoplanetários - nuvens de gás e poeira que rodeiam estrelas bebés - no trapézio da constelação de Orionte. Demasiado longe para um astronauta lá ir.
Uma das dez candidatas portuguesas a astronauta vai trabalhar para a Agência Espacial Europeia.
Ficou com essa fixação desde que, em 2004, foi a um curso na Áustria sobre como é viver e trabalhar no espaço, organizado pela agência espacial austríaca e pela Agência Espacial Europeia (ESA). A equipa de Sílvia Vicente tinha uma missão ambiciosa: encontrar água e vida em Marte. Era apenas um exercício, mas a então doutoranda de Astronomia e bolseira em Munique do ESO, o Observatório Europeu do Hemisfério Sul, soube que poderia ter uma hipótese quando abrissem o novo concurso para astronautas europeus, de que já se falava na altura.
Em Maio deste ano, quando a ESA abriu finalmente quatro vagas para todos os 17 países-membros, Sílvia concorreu. Foi uma das 10 portuguesas candidatas (de um total de 210 portugueses), mas já soube que não passou à fase seguinte, apesar do currículo em Física (na Faculdade de Ciências de Lisboa), da experiência internacional, da boa forma (faz dança desde os sete anos, tendo sido aluna da escola Norma Croner) e do seu lado sociável (no ESO, dava aulas de salsa aos outros investigadores).
Não está triste: "Para mim, ser astronauta sempre foi uma utopia". Quando os quatro eleitos forem escolhidos, no final do ano, Sílvia já estará na própria ESA, na Holanda, depois de ter ganho uma bolsa da estação espacial. Serão colegas, ela e os futuros astronautas. A investigadora portuguesa vai continuar a trabalhar no tema da sua tese de doutoramento: a fase inicial da formação de estrelas e planetas, no primeiro milhão de anos de vida.
Sílvia tem-se dedicado a observar discos protoplanetários - nuvens de gás e poeira que rodeiam estrelas bebés - no trapézio da constelação de Orionte. Demasiado longe para um astronauta lá ir.
Micael Pereira